Sweet dreams
sonhos. vida. amor. reflexões. pensamentos. experiências. lições. (...) TUDO QUE EXISTE OU EXISTIU, COMEÇOU COM UM SONHO! *-*
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Você cresce não tem mais bochechas fofas, não é mais a queridinha da vovó, não é mais a princesinha do papai e até o pobre do bicho papão te abandona. Você perde os amigos imaginários, não vive mais cercada de pessoas que sorriem pra ti, que querem te mimar e fazer tuas vontades. Você não pode mais simplesmente chorar pra não ir à escola, não pode mais morder as professoras quando se irrita e nem ser mal educada e der desculpas de que é muito criança pra entender que certas palavras magoam. Ninguém mais limpa suas lágrimas e te põe pra dormir dando beijinho na testa. Você perde todas as regalias e passa a ser responsável pelo que cativou. Você não brinca mais de boneca, você não têm mais elas pra destruir e pintar cabelos. Todos os seus lápis de cera e brinquedos sumiram e deram lugar a grandes e grossos livros. Você cresce você ERRA, você APRENDE, você ganha e você PERDE.
domingo, 17 de outubro de 2010
Hoje estou tão em baixo que não vou falar sobre o que me aflige. Não vou falar sobre a vontade de chorar que ocupou tantos minutos deste dia. Nem vou falar do sentimento de fraqueza que me cortou a alma, nem da sensação de que todos os anjos conspiram contra mim e testam a minha persistência, nem da tristeza que a maldade e inveja me provocam. Não vou falar do medo de ficar sozinha entre tanta gente, porque parece uma frase tão banal. Tão pouco vou falar sobre a angústia que me oferece pesadelos todas as noites. Não vou falar da necessidade de depender de alguma coisa, para acordar todos os dias e me concentrar nesse ponto, sem saltar para a estrada e ser atropelada pelos meus próprios fantasmas. Não quero falar de mim hoje porque corro o risco de escrever alguma tragédia de novela mexicana.
Joosi H.
Joosi H.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
John Lennon
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se moressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E, às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí. A gente não faz amigos, reconhece-os.
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